Na semana passada, o presidente russo Vladimir Putin sancionou uma lei que proíbe anúncios comerciais de aborto. Alguns membros da Duma (o Congresso da Rússia) estão falando de ir mais longe e proibir o próprio procedimento do aborto. A Igreja Ortodoxa Russa, cujos membros estão se enchendo de convertidos e pessoas que estavam desviadas, está também mostrando seu peso na questão. Um prelado ortodoxo chamou o aborto de “rebelião contra Deus.” (...)
Essa é uma virada estupenda num país que há muito tempo é conhecido por seu índice de aborto tragicamente elevado. Até recentemente, em média a mulher russa poderia esperar ter sete abortos durante sua vida inteira. Até mesmo o jornal New York Times, que não é um bastião de sentimentos pró-vida, se sentiu compelido a reconhecer que o elevado índice de aborto da Rússia estava prejudicando a saúde e fertilidade das mulheres russas. Como o jornal comentou num editorial de 2003: “Agora o governo russo está tentando reduzir o índice de aborto. É uma meta admirável, considerando o preço muito alto que os abortos múltiplos têm causado na saúde e fertilidade das mulheres russas.” Sem mencionar o preço elevado que o aborto tem custado em vidas de bebês em gestação, e na população como um todo.
O aborto foi forçado no povo russo pelos bolcheviques (o Partido Comunista da Rússia sob a liderança de Lênin), que ao subirem ao poder em 1920 legalizaram o aborto até o momento do nascimento, sem nenhuma restrição. A meta deles era destruir a família incentivando as mulheres a fazer abortos, a não ficar em casa e a trabalhar fora. A Rússia foi o primeiro país do mundo a declarar guerra nos bebês em gestação desse jeito. É claro que com seus expurgos, execuções em massa e gulags a guerra atingiu os bebês em gestação de outras maneiras também.
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O Instituto de Pesquisa Populacional, organização pró-vida com sede nos EUA, vem desempenhando um papel importante ajudando a Rússia a voltar a apoiar a vida. Participei da primeira Cúpula Demográfica na Universidade Social Estatal Russa em Moscou em maio de 2011. Conversamos com elevadas autoridades russas sobre a necessidade de proteger a vida. Não muito depois, uma lei foi aprovada proibindo o aborto de bebês de mais de 12 semanas. A lei também ordenava um período de 2 a 7 dias de espera para um aborto médico, e exigia que todos os que fazem anúncio de serviços de aborto incluíssem um aviso no sentido de que “o aborto é perigoso para a saúde da mulher.” Agora, evidentemente, o anúncio de qualquer tipo de aborto foi proibido.
Consideradas individualmente, cada uma das leis implantadas pelo governo russo tem um impacto demográfico relativamente pequeno. O governo russo, por exemplo, paga uma bonificação de $13.000 aos pais de cada bebê recém-nascido. Contudo, de acordo com o demógrafo Igor Beloborodov, essa bonificação só convenceu 8 por cento dos casais em idade reprodutiva a considerar ter outro filho.
O efeito cumulativo de todas as políticas pró-vida e pró-natalidade adotadas até agora está longe de ser importante. Embora haja ainda, de acordo com o Ministério da Saúde da Rússia, 1,7 abortos para cada nascimento vivo no país, essa proporção está diminuindo, pois o índice de natalidade está se elevando e o aborto está se tornando gradualmente menos comum.
Como resultado da adoção de políticas inteligentes para proteger a santidade da vida, o declínio da população da Rússia foi praticamente detido, e o país entrou num curso demográfico mais estável.
O inverno demográfico da Rússia ainda não acabou, mas há sinais de degelo de primavera.
Fonte: www.juliosevero.com - RETIRADO PARCIALMENTE EM 30-12-2013 DE http://blog.comshalom.org/vidasemduvida/russia-escolhe-vida-proibe-anuncios-comerciais-e-estuda-proibicao-aborto/ ( INCLUINDO ILUSTRAÇÃO)
OK, CADE O MALVADO DITADOR AGORA ??? POR QUE A IMPRENSA PODRE NÃO ANUNCIA ISSO ???
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